Sim, é possível reduzir as doses de radiação sem comprometer a qualidade da imagem para o diagnóstico. Inicialmente, deve-se garantir que o exame de RX ou tomografia foi devidamente justificado e que técnicas alternativas como a ultrassonografia e a ressonância magnética foram consideradas. Deve-se assegurar o melhor balanço entre a qualidade de imagem e a dose de radiação, adotando estratégias de otimização:
– Ajustar os protocolos para grupos de pacientes considerando a faixa etária, biotipo, sexo e indicação clínica;
– Reduzir o número de fases de varreduras, utilizando apenas as necessárias (exames com contraste intravenoso);
– Evitar repetição de exames desnecessários;
– Utilizar, sempre que possível, o controle automático de dose;
– Reduzir o mAs tanto quanto possível, considerando o nível de ruído aceitável para o diagnóstico;
– Limitar o comprimento de varredura, restringindo o mesmo para a região de interesse;
– Utilizar dispositivos de imobilização e blindagem para os órgãos sensíveis, quando possível;
GESTANTES PODEM REALIZAR TOMOGRAFIA?
- Há uma preocupação especial em realizar o exame de uma mulher grávida devido ao risco da exposição do feto à radiação ionizante, particularmente no primeiro trimestre de gestação. Os efeitos potenciais da radiação ao feto incluem: morte embrionária, neonatal ou fetal; má formação congênita e alterações funcionais, como retardo mental; redução do quociente de inteligência; e câncer na infância. O risco está relacionado à taxa de dose e dose total de radiação recebida pelo feto e a etapa de desenvolvimento no momento da exposição. A justificativa para o exame deve estar muito embasada na real necessidade, e meios alternativos de diagnóstico como a ultrassonografia, sem risco para o feto por não utilizar radiação ionizante, deve ser preferido.
Fonte: Comissão de Tomografia Computadorizada do CBR