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Dr. João Lourenço Bazzi Jr.

Médico Radiologista / Responsável Técnico

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Notícias

OBESIDADE - PREVINA-SE!

18 de Fevereiro de 2018

A epidemia de obesidade que assistimos tem se agravado a números estratosféricos, sendo que na última pesquisa Vigitel brasileira, de 2016, (pesquisa com brasileiros realizada por telefone) observou-se que 18,9% da população brasileira está obesa, mais da metade da população está com sobrepeso e houve aumento de 61,8% na prevalência de Diabetes. De acordo com as últimas estatísticas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americano, 36,5% dos adultos dos EUA estão obesos (IMC acima de 30 kg/m2). Entre as causas deste aumento de prevalência no Brasil estão o maior consumo de industrializados pela classe econômica C, o sedentarismo, entre outros. A obesidade é patologia complexa com forte predisposição genética, porém com alta influência ambiental. É observada até mesmo entre os próprios médicos que com uma rotina estressante, nem sempre se preocupam com sua própria saúde. Abaixo algumas mudanças comportamentais possíveis: 1) As pessoas comem mais calorias do que percebem. A maioria de nós, se medíssemos por meio de calorimetria a necessidade metabólica basal, não precisaria de mais do que 1200 a 1500 kcal por dia para manter as atividades diárias (em um dia sem atividade física). A questão é que, sem perceber, há a ingestão de muito mais calorias do que isso. Manter um recordatório alimentar, seja por intermédio de aplicativo ou escrita é um começo. Lembrar que o álcool fornece calorias é muito importante, já que muitas vezes está acompanhando as refeições e causa tolerância. Outra situação é esquecer o que come entre uma refeição e outra ou não perceber quantas vezes acessa a geladeira à noite, antes de dormir. 2) Dormir pouco ou não ter sono repousante afeta o emagrecimento. O sono ruim ainda não é visto como um problema de saúde. Muitas vezes temos que convencer o paciente de que insônia, acordar muito a noite, ‘terror noturno’ ou outros problemas de sono - já bem estudados pelos especialistas do sono -, não são normais. Escutamos “sempre dormi mal” ou, “minha família inteira é assim”. Para um bom funcionamento, o hormônio Cortisol precisa que ocorra durante a noite o chamado ‘descenso noturno’. Se não repousarmos como devemos, não haverá o decaimento deste hormônio como é fisiologicamente programado. Em vários estudos observou-se que houve aumento da circunferência abdominal, o peso entre outros problemas como: fadiga crônica e até transtornos de humor por conta deste sono não reparador. Com as redes sociais e o uso demasiado do celular o horário de sono tem sido perturbado por inúmeros estímulos. 3) Ser sedentário é anormal! Segundo a OMS, pelo menos 6% das mortes anuais tem como causa o sedentarismo. Ele ainda não é visto como uma situação potencialmente mortal, mas deveria. Programe-se para atividades: desça um ponto de ônibus antes, daqui a dois meses desça dois pontos de ônibus antes de casa. Para os que tem problemas ortopédicos sérios, podemos sugerir (com a autorização do ortopedista) a bicicleta ergométrica durante o período em que assiste televisão. A caminhada e algum exercício isométrico (musculação ou pilates ) faria com que a manutenção da composição corporal se mantivesse por mais tempo, evitando inclusive o aumento exagerado de peso que há em momentos como a menopausa na mulher, por diminuição de metabolismo. Afinal, a manutenção e aumento da massa muscular aumenta o metabolismo basal (aquele total de calorias que precisamos para um dia sem atividades físicas), promove maior estabilidade corporal, diminui dores crônicas e articulares e evita a ‘sarcopenia’ (redução muscular) do idoso. Fonte: Médica endocrinologista Dra. Cristina da Silva Schreiber de Oliveira - entrevista para SIMESC.